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COMUNICADO DE IMPRENSA – LONDRES, 12 DE MARÇO DE 2024

LÍDER MUNDIAL DA COMUNIDADE MUÇULMANA PEDE CESSAR-FOGO EM GAZA E NA UCRÂNIA, DIZ QUE PAÍSES PRIVILEGIADOS ESTÃO A EXERCER O SEU VETO “COMO UM TRUNFO”

“O destino das Nações Unidas parece espelhar o da sua antecessora falhada, a Liga das Nações”

“Onde há poder de veto, a balança da justiça nunca poderá ser equilibrada”

  “Se ficarmos de braços cruzados e deixarmos que estas guerras se agravem ainda mais… a história julgar-nos-á com desprezo como autores da nossa própria destruição e miséria”

– Hazrat Mirza Masroor Ahmad

No dia 9 de março de 2024, o Chefe Supremo, o Quinto Califa da Comunidade Islâmica Ahmadia Internacional, Sua Santidade, Hazrat Mirza Masroor Ahmad, proferiu o discurso principal no 18º Simpósio Nacional da Paz organizado pela Comunidade Islâmica Ahmadia do Reino Unido.

O evento contou com a presença de mais de 1200 pessoas, incluindo mais de 550 dignitários e convidados provenientes de 30 países, incluindo Embaixadores de Estado, Deputados e académicos.

Durante o evento, Sua Santidade conferiu à Adi Patricia Roche, fundadora da Chernobyl Children International (CCI), Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz de 2020, em reconhecimento pelos seus esforços duradouros pós-desastre de Chernobyl.

Sua Santidade também conferiu a David Spurdle, fundador da instituição de caridade Stand By Me, Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz de 2023, pelo seu notável apoio aos órfãos e crianças desfavorecidas em todo o mundo.

Ao iniciar o seu discurso, Sua Santidade mencionou que, durante mais de duas décadas, tem apelado repetidamente aos decisores políticos que trabalhem pela “paz e harmonia no mundo”.

Destacando a importância de aprender lições da história, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“A história ensina-nos que os conflitos internos podem transformar-se em guerras regionais – muitas vezes alimentadas pela intervenção e influência de potências externas que fomentam a instabilidade e a divisão noutros países para servir os seus interesses. Nas últimas décadas, testemunhámos as consequências devastadoras dessa intervenção em países como o Kuwait, o Iraque, a Síria e o Sudão.”

Sua Santidade mencionou que ele já alertou sobre como as políticas injustas das grandes potências estão a “desencadear uma onda cada vez maior de desigualdade”, levando à insegurança global.

Sua Santidade afirmou que muitos intelectuais e decisores políticos tinham a impressão de que Sua Santidade estava errado ao acreditar que os conflitos existentes poderiam transformar-se numa guerra global e até desencadear o uso de armas nucleares, considerando isso “desnecessariamente pessimista.”

Comentando sobre aqueles que defendiam tais opiniões, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Talvez devido ao seu idealismo e ao desejo de olhar para o mundo através de lentes cor-de-rosa, ou então devido à incapacidade de aprender lições da história, eles aparentemente ignoraram as fissuras que se têm alargando nas últimas décadas nas relações internacionais. Talvez eles simplesmente não quisessem aceitar a realidade do que estava diante deles. Como se costuma dizer, ‘a ignorância é uma bênção’.”

Sua Santidade afirmou que embora muitas dessas pessoas estejam agora a fazer soar o alarme a alertar para uma guerra mundial, na qual as armas nucleares poderiam causar uma devastação inimaginável, “muitos ainda parecem não estar dispostos a considerar o que deve ser feito para acabar com estes conflitos e continuam reticentes em ouvir as vozes genuínas pela paz que existem no mundo.”

Dado que aqueles com poder de influência parecem não estar dispostos a trabalhar com sinceridade para uma paz duradoura, Sua Santidade disse que chegou a questionar se haveria algum motivo para se reunir novamente para o evento para falar da necessidade urgente de paz. No entanto, ele decidiu prosseguir “porque o Islão ensina os muçulmanos a nunca vacilar na busca pela paz”.

Sua Santidade disse que “falar com verdade e coragem perante os próprios líderes, especialmente aqueles que são de coração duro, injustos e cruéis” é na verdade a maior forma de ‘Jihad’, conforme declarado pelo Santo Profeta do Islão, Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah esteja sobre ele).

Voltando-se para o papel das Nações Unidas, à qual se referiu como um “órgão fraco e quase impotente”, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Em vez de decidir cada questão com base nos seus factos e méritos, os países formaram alianças e votam de acordo com os seus próprios interesses. Por fim, as decisões cruciais são tomadas por alguns estados privilegiados em cujas mãos está o poder de veto. Em vez de servirem fielmente a causa da paz e da justiça, usam o seu veto como um trunfo onde quer que os seus interesses estreitos sejam ameaçados, independentemente da sua decisão destruir a paz e a prosperidade de outros países e levar à morte e à destruição de inúmeras de pessoas inocentes.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad continuou e disse:

“Onde existe um poder de veto, a balança da justiça nunca poderá ser equilibrada… Infelizmente, devido à sua inerente falta de justiça, o destino das Nações Unidas parece espelhar o da sua antecessora falhada, a Liga das Nações. E, se o sistema de direito internacional, por mais fraco que seja, entrar em colapso completo, a anarquia e a destruição resultantes estão além da nossa compreensão.”

Durante o discurso, Sua Santidade explicou como os ensinamentos islâmicos em relação à guerra e à criação da paz são extremamente importantes hoje, numa altura em que estão a ser travadas várias guerras onde estes princípios não estão a ser respeitados.

Sua Santidade explicou que embora em circunstâncias extremas, os fundadores das principais religiões – incluindo o Santo Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos estejam sobre ele) – tivessem permitido o uso de força limitada, foi sempre “apenas com a intenção de acabar com a guerra e a opressão.”

Referindo-se aos ensinamentos do Sagrado Alcorão, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“No versículo 41 do capítulo 42, do Sagrado Alcorão, Allah, Todo-Poderoso, ordena que, onde uma pessoa ou nação foi vítima duma injustiça, ela nunca deve responder de forma desproporcional ou desviar-se para a busca de vingança. Além disso, Allah diz que é melhor perdoar se isso puder levar ao melhoramento. O versículo 10 do capítulo 49, do Sagrado Alcorão, diz que se duas nações estiverem em guerra, as partes neutras devem mediar entre elas e esforçar-se para estabelecer a paz baseada nos princípios de justiça e equidade.”  

Hazrat Mirza Masroor Ahmad afirmou ainda:

“Se, após a reconciliação, uma das partes violar os termos do acordo e recorrer novamente à guerra, as outras nações devem unir-se à força contra o agressor até que esta desista da sua conduta agressiva. Assim que parar, as outras nações também devem deixar de usar a força. O objetivo deve ser sempre estabelecer uma paz sustentável baseada na justiça. Não deve um terceiro aproveitar da vulnerabilidade das partes em conflito, usurpando os seus direitos para o seu próprio benefício.”

Sua Santidade disse que se estes princípios fossem observados pelas Nações Unidas e outras organizações relevantes, “os conflitos seriam resolvidos de forma amigável e mais rapidamente.”

Referindo-se aos conflitos atuais, Sua Santidade disse que, tal como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o conflito entre Israel e a Palestina também é “geopolítico e territorial”, e não uma guerra religiosa.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Acredito firmemente que só há uma forma de acabar com estas guerras – garantindo que a justiça prevaleça e que quaisquer acordos feitos sejam baseados na equidade, e não no que melhor serve os interesses das potências externas.”

Comentando mais uma vez sobre os perigos do poder de veto e o seu papel nos conflitos atuais, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“No caso da guerra na Ucrânia, a Rússia tem poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e, por outro lado, a Ucrânia também tem este poder devido à sua aliança com os países ocidentais que são membros permanentes do Conselho de Segurança. Como pode ser alcançado um acordo se ambos os lados podem efetivamente usar o veto?”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad afirmou ainda:

“Quanto ao que está a acontecer em Gaza, embora tanto os israelitas como os palestinianos tenham os seus apoiantes, o poder de veto só foi usado a favor de Israel desde que a atual guerra começou há vários meses. Por exemplo, em fevereiro, 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas votaram a favor de um cessar-fogo imediato em Gaza, mas os Estados Unidos da América usaram o seu poder de veto e a Resolução foi derrotada. Como pode ser estabelecida a paz quando a opinião da maioria é tão facilmente descartada? Isso não é justiça – pelo contrário, é uma rejeição da democracia e do princípio da igualdade.”

Destacando os ensinamentos islâmicos, Sua Santidade referiu-se ao versículo 9 do capítulo 5 do Sagrado Alcorão, que afirma que a inimizade de qualquer nação ou povo nunca deve incitar alguém a desviar-se do caminho da justiça ou da equidade.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad declarou:

“Mesmo as pessoas não religiosas certamente reconhecerão a sabedoria e os benefícios de adotar este elevado padrão de justiça.”

Depois disso, Sua Santidade abordou a acusação de que o Islão é uma religião extremista e destacou que mesmo quando o Islão permite a guerra defensiva, estabelece condições estritas que devem ser respeitadas.

Entre as condições estabelecidas pelo Santo Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos estejam sobre ele), Sua Santidade apresentou as condições de que as guerras nunca devem ser travadas para “conquistar terras ou para estabelecer a supremacia sobre outros. Pelo contrário, os muçulmanos só tinham permissão para lutar se a guerra fosse travada contra eles.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad falou sobre a proteção da santidade de todos os lugares de culto e disse:

“O Islão também ensina que, a menos que o oponente utilize um local de culto como base militar, não é permitido violar a santidade de um lugar de culto lutando dentro ou mesmo perto dele. É estritamente proibido derrubar ou profanar os lugares de culto dos oponentes.”

Explicando ainda mais os ensinamentos islâmicos, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“O Santo Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) também proibiu os soldados muçulmanos de infligir qualquer forma de terror ou medo na população geral durante as guerras. Na verdade, todos os não-combatentes e civis deveriam ser tratados com bondade e nenhuma injustiça deveria ser perpetrada contra eles… Durante a batalha, os soldados não deveriam golpear os seus oponentes na cara e deveriam causar-lhes o mínimo de dano e sofrimento possível. Se prisioneiros de guerra fossem capturados, eles não deveriam ser separados dos seus parentes se eles também fossem presos.”

Sua Santidade declarou ainda:

“Todos os esforços deveriam ser feitos para deixar os prisioneiros de guerra confortáveis, a tal ponto que o conforto e necessidades deles tivessem prioridade sobre os dos seus captores. Se um muçulmano fosse culpado de qualquer forma de crueldade ou dureza para com um prisioneiro de guerra, deveriam libertá-lo imediatamente para fazer as pazes.”

Destacando a universalidade destes princípios islâmicos, Sua Santidade disse que se os países não-muçulmanos adotassem estes princípios, então “mesmo que ocorressem guerras, não dariam origem a hostilidades tão profundas que permanecessem enraizadas geração após geração.”

Sua Santidade advertiu que, ao não reconhecer que a paz só pode ser estabelecida se estes princípios de guerra forem postos em prática, “estamos à beira de uma guerra mundial catastrófica que sem dúvida levará a níveis tão elevados de destruição e carnificina que estão muito além da nossa imaginação.”

Sua Santidade citou o Professor Jeffrey Sachs, economista de renome mundial da Universidade de Columbia, que atribuiu a culpa ao “fracasso dos líderes políticos ocidentais em serem francos sobre as causas da escalada dos conflitos globais” por estarem à beira de uma catástrofe nuclear.

O Professor Sachs acusou o Ocidente e a sua narrativa de ostentar a nobreza, enquanto retrata a Rússia e a China como más, de serem “simplórias e extraordinariamente perigosas” e disse: “Nesta fase, a diplomacia, e não a escalada militar, é o verdadeiro caminho para a segurança europeia e global.”

Ao abordar a terrível situação humanitária em Gaza, Sua Santidade referiu-se a uma entrevista recente do senador norte-americano Bernie Sanders, que condenou veementemente as ações do governo israelita, descrevendo-as como “inexplicáveis” e disse que “nós nos Estados Unidos da América, através do nosso apoio financeiro a Israel, somos cúmplices no que está a acontecer.”

O Califa da Comunidade Islâmica Ahmadia afirmou que não estava satisfeito com o facto dos políticos e comentadores estarem agora a chegar às mesmas conclusões sobre as quais ele tinha alertado o mundo há mais de duas décadas. Pelo contrário, ele lamentou que não tivessem sido feitos os esforços necessários para acabar com a desigualdade, a injustiça e a guerra.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad apelou à cessação das duas grandes guerras atualmente em curso e disse:

“Certamente, é a minha opinião que deveria haver um cessar-fogo completo entre Israel e o Hamas e também na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. De seguida, em vez de incitar os seus respetivos aliados a continuarem a guerra, todos os membros da comunidade internacional devem dar prioridade à garantia de que os esforços de socorro sejam intensificados para ajudar aqueles que necessitam desesperadamente e devem concentrar-se em alcançar uma solução duradoura e pacífica.”

Alertando sobre como as gerações futuras nos culparão se ficarmos de braços cruzados enquanto são perpetradas estas crueldades, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Em vez disso, se ficarmos de braços cruzados e deixarmos que estas guerras se agravem ainda mais, perder-se-ão inúmeras vidas inocentes e, certamente, a história julgar-nos-á com desprezo como autores da nossa própria destruição e miséria.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad concluiu e disse:

“Devemos todos unir-nos, deixando de lado os interesses nacionais, políticos e outros interesses pessoais para o bem-estar da humanidade e para garantir que deixemos para trás um mundo próspero para as nossas gerações futuras. É uma necessidade do tempo que concentremos todas as nossas energias e esforços no estabelecimento da verdadeira paz, para que possamos viver num mundo de esperança e prosperidade, em vez de viver num mundo de desigualdade, ódio e derramamento de sangue.”

Antes do discurso de Sua Santidade, vários dignitários dirigiram-se ao público, incluindo os vencedores do Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz, bem como o Sr. Rafiq Hayat, Presidente Nacional da Comunidade Islâmica Ahmadia do Reino Unido.

Os representantes de vários partidos políticos também apresentaram os seus discursos no Simpósio da Paz.

Dama Siobhain McDonagh Membro do Parlamento do Reino Unido falou e disse:

“A comunidade Ahmadia tem estado na vanguarda do apelo à paz desde o início do conflito. Foi a sua santidade quem exortou todas as potências mundiais a acalmarem-se e a trabalharem no sentido de uma solução pacífica duradoura.”

Jonathan Lord Membro do Parlamento do Reino Unido disse:

“O vosso compromisso (da comunidade) em promover a paz, a justiça e a tolerância em todo o mundo é verdadeiramente louvável… Face a tais incertezas na situação internacional, Vossa Santidade e a vossa comunidade têm sido verdadeiros faróis da paz, lembrando-nos dos valores que devem unir-nos a todos.”

Excelentíssimo Sr. Ed Davey, Líder do partido Liberal Democrata, disse que é necessário um cessar-fogo bilateral em Gaza “para que a matança possa parar, para que a ajuda possa entrar, para que os reféns possam ser libertados, para que possamos iniciar um processo de paz que chegue à solução de dois Estados que poderia ser oferecida. E estou ansioso pelo discurso de Sua Santidade para falar sobre o que está a acontecer e como podemos desempenhar o nosso papel – todos nós – desempenhar o nosso papel.”

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Calendário do Ramadão de 2024 https://www.alislam.pt/calendario-do-ramadao-de-2024/ Mon, 11 Mar 2024 12:00:00 +0000 http://www.alislam.pt/?p=1741 Ó vós que credes! o jejum é-vos prescrito assim como foi prescrito para aqueles que foram antes de vós, para que assim possais chegar a ser justos. (Sagrado Al-Corão 2:184)]]>

Calendário do Ramadão 2024 – Carregar Arquivo PDF

Ó vós que credes! o jejum é-vos prescrito assim como foi prescrito para aqueles que foram antes de vós, para que assim possais chegar a ser justos. (Sagrado Al-Corão 2:184)

O Profeta Muhammadsa diz “Quem não deixa de dizer inverdades e agir falsamente, a Deus não interessa que ele deixe de comer e beber” … “Se alguém estiver de jejum, ele não deve pecar, nem tumultuar, e se alguém lhe ofender ou provocar, deve dizer-lhe ‘Estou de jejum’.”

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Líder Muçulmano pediu pela desescalada da guerra entre Palestina e Israel https://www.alislam.pt/lider-muculmano-pediu-pela-desescalada-da-guerra-entre-palestina-e-israel/ https://www.alislam.pt/lider-muculmano-pediu-pela-desescalada-da-guerra-entre-palestina-e-israel/#respond Wed, 18 Oct 2023 11:47:30 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1907 Carregar Arquivo PDF

COMUNICADO DE IMPRENSA – LONDRES, 13 DE OUTUBRO DE 2023

LÍDER MUÇULMANO PEDIU PELA DESESCALADA DA GUERRA ENTRE PALESTINA E ISRAEL

“Se os muçulmanos se unirem e forem um só, terão uma voz forte e impactante.” – Hazrat Mirza Masroor Ahmad

O Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia, o Quinto Califa, Sua Santidade, Hazrat Mirza Masroor Ahmad, condenou o assassinato de civis inocentes de ambos os lados na guerra entre o Hamas e Israel e expressou o seu receio de que a situação continuasse a ficar fora de controlo.

Falando durante o seu sermão de sexta-feira na Mesquita Mubarak em Islamabad, Tilford, no dia 13 de outubro de 2023, Sua Santidade exortou o mundo muçulmano a pôr de lado as suas diferenças, a fim de levantar a voz para aqueles palestinianos inocentes que não têm qualquer ligação com o terrorismo ou ao extremismo e disse que as grandes potências devem dar prioridade à desescalada da guerra e à procura de uma solução justa para o conflito.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Nos últimos dias, surgiu uma guerra entre o Hamas e Israel. Como resultado, mulheres, crianças e idosos foram mortos e continuam a perder as suas vidas sem qualquer distinção.”

Lembrando aos muçulmanos os ensinamentos islâmicos, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Mesmo num estado de guerra, o Islão não permite a morte de mulheres, crianças, idosos e civis inocentes. O Santo Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos estejam sobre ele) deu instruções estritas contra isso… Nesta recente escalada da guerra, o Hamas foi o primeiro a atacar os cidadãos israelitas. Deixando de lado por um momento o facto de pessoas inocentes terem sido injustamente mortas pelo exército israelita, os muçulmanos devem garantir que aderem sempre aos ensinamentos islâmicos.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad acrescentou:

“Se o exército israelita cometeu injustiças, isso é culpa deles e existem formas melhores e legais de resolver isso. Se há um estado de guerra legítimo, este deve ser inteiramente limitado aos respetivos exércitos e nunca contra mulheres, crianças, idosos e civis inocentes. A este respeito, a ação tomada pelo Hamas deve ser condenada.”

Falando sobre as ações dos militares israelitas, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Qualquer que seja a injustiça e a crueldade que o Hamas tenha cometido, a resposta a isso ou à guerra deveria ter sido restrita ao Hamas. No entanto, a resposta (indiscriminada) do governo israelita é extremamente perigosa e parece que este conflito não terminará aqui. Na verdade, não se pode sequer imaginar quantas mulheres, crianças, idosos e civis inocentes perderão a vida. O governo israelita indicou que iria destruir Gaza e, para esse fim, realizou bombardeamentos maciços e esmagadores e transformaram a cidade em pó. Agora, o desenvolvimento mais recente é que o Governo israelita está a dizer a cerca de um milhão de pessoas para deixarem Gaza (Norte) imediatamente.”

Falando sobre a reação das Nações Unidas, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Felizmente – embora com muita hesitação – as Nações Unidas estão, pelo menos, a levantar agora uma voz fraca em resposta a este desenvolvimento. Eles disseram que isso é contra os direitos humanos e criaria enormes problemas e por isso Israel deveria pensar sobre a sua decisão. Em vez de dizer claramente que isso é errado e em vez de assumir uma posição mais forte, as Nações Unidas estão a fazer meros pedidos.”

Sua Santidade lembrou mais uma vez o facto de que a morte de crianças inocentes em ambos os lados é completamente errada e o mundo não deve esquecer que as crianças palestinianas são tão inocentes como as crianças israelitas.

Sua Santidade também lembrou os ensinamentos da fé judaica em relação às guerras e disse que os ensinamentos do “Povo do Livro” são claros que matar pessoas inocentes é inadmissível e que quando Israel diz que o Hamas está a matar pessoas inocentes, deve também ver as suas próprias ações e avaliar se estão de acordo com os seus próprios ensinamentos religiosos.

Sua Santidade também lembrou o facto de que, durante um longo período de tempo, ele tem vindo a exortar as grandes potências mundiais a deixarem de lado o comportamento desonesto e a estabelecerem a justiça absoluta, independentemente dos seus próprios interesses. Sua Santidade disse, se o tivessem feito, a situação na Palestina e em Israel não teria atingido esta fase crítica.

Falando sobre como a ênfase para tomar qualquer ação é toda contra os palestinianos, Sua Santidade mencionou que há notícias de que as forças armadas de vários países de todo o mundo estão a preparar-se para vir para a região contra os palestinianos e as principais potências ocidentais também prepararam medidas duras contra os palestinianos, enquanto “deixando de lado os princípios da justiça”.

Sua Santidade destacou a duplicidade de critérios neste conflito, mencionando como há relatos de vídeos e imagens que mostram mulheres e crianças israelitas inocentes a serem feridas, o que atraiu muita simpatia das pessoas. Mais tarde, quando se tornou claro que aquelas mulheres e crianças inocentes eram palestinianas, não se encontrou nenhum nível semelhante de simpatia por elas nos meios de comunicação social.

Falando sobre isso, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Essas pessoas só se importam com a regra do ‘quem tem a força tem o direito’ e simplesmente se curvam diante daqueles que detêm força e poder no mundo. Se analisarmos isto, parece que as grandes potências estão determinadas em incitar a guerra, em vez de acabar com ela.”

Falando do papel das Nações Unidas no estabelecimento da justiça, Sua Santidade contou como a Liga das Nações falhou por não conseguir implementar a justiça, o que levou à Segunda Guerra Mundial, na qual dezenas de milhões de pessoas foram mortas. Sua Santidade disse, agora novamente as Nações Unidas não estão a conseguir estabelecer justiça e estão a caminhar na mesma direção.

Relativamente à possível destruição que poderia facilmente resultar desta guerra, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse: 

“Uma pessoa comum não consegue sequer imaginar a guerra que pode surgir agora como resultado das injustiças que foram vistas. As grandes potências sabem a intensidade dos danos que isso irá causar, mas não estão interessadas em estabelecer justiça e não estão dispostas a prestar atenção.”

Hazrat Mirza Masroor lembrou aos governos muçulmanos as suas responsabilidades e disse:

“Nestas circunstâncias, os muçulmanos devem pelo menos perceber a sua responsabilidade e prestar atenção. Eles devem deixar de lado as suas diferenças e estabelecer a sua unidade. A fim de melhorar as suas relações com o Povo do Livro, se Allah ordenou aos muçulmanos para os chamar a “uma palavra igual entre nós e vós”, unindo-se pela Unicidade de Deus, então os muçulmanos que têm o mesmo credo, devem unir-se ainda mais entre si, deixando de lado as suas diferenças. Eles devem refletir sobre isso e estabelecer a sua unidade. Esta é a única forma de eliminar a injustiça do mundo e de cumprir as obrigações de justiça e de estabelecer os direitos dos oprimidos. Para fazer isso, os muçulmanos devem levantar uma voz forte em uníssono, ao mesmo tempo que se unem em defesa daqueles que são oprimidos em todo o mundo.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad declarou ainda:

“Se os muçulmanos se unirem e forem um só, terão uma voz forte e impactante. Caso contrário, os governos muçulmanos seriam responsáveis pelas mortes de muçulmanos inocentes. Tenha sempre em mente o dito do Santo Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos estejam sobre ele) – e isto também deve ser levado em conta pelas grandes potências – de que devemos ajudar tanto o opressor como o oprimido. Devemos entender a importância desta injunção.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad orou e disse:

“Que Allah guie as potências muçulmanas para que se unam para estabelecer a verdadeira justiça. Que às principais potências mundiais também seja concedida a mentalidade certa para que, em vez de levar o mundo à destruição, tentem salvá-lo. Eles não devem ter como objetivo simplesmente satisfazer os seus desejos egoístas. Devem sempre lembrar-se de que se houver destruição, as grandes potências também não estarão a salvo dela.”

Sua Santidade disse que a única arma que os Muçulmanos da Comunidade Ahmadia possuem e à qual recorrem é a das orações e por isso instou os Ahmadis a “usarem esta arma espiritual mais do que nunca”.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Que Allah também dê entendimento ao Hamas. Que eles não se tornem a razão das injustiças contra o seu próprio povo e que não cometam crueldades e injustiças bárbaras contra os outros. Se quiserem lutar, então devem fazê-lo à luz dos justos princípios do Islão – segundo os quais a inimizade de uma nação não deve incitar-nos a agir de outra forma que não seja com justiça – este é o mandamento de Allah, Todo-Poderoso. Que Allah permita que as grandes potências cumpram as obrigações de justiça em ambos os lados do conflito, a fim de estabelecer a paz. Não deve acontecer que se tornem tolerantes com um lado à custa do outro. Que não aumentem as injustiças e que possamos ver a paz no mundo com os nossos olhos.”

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Califa pede negociações de boa fé no plano de paz para a Ucrânia https://www.alislam.pt/califa-pede-negociacoes-de-boa-fe-no-plano-de-paz-para-a-ucrania-na-inauguracao-do-novo-complexo-da-maior-mesquita-da-gra-bretanha-reconstruida-apos-incendio-em-2015/ Sat, 18 Mar 2023 13:32:47 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1893 Líder Mundial pede negociações de boa fé no plano de paz para a Ucrânia na inauguração do novo complexo da maior mesquita da Grã-Bretanha reconstruída após incêndio em 2015]]>

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COMUNICADO DE IMPRENSA – LONDRES, 8 DE MARÇO DE 2023

LÍDER MUNDIAL PEDE NEGOCIAÇÕES DE BOA FÉ NO PLANO DE PAZ PARA A UCRÂNIA NA INAUGURAÇÃO DO NOVO COMPLEXO DA MAIOR MESQUITA DA GRÃ-BRETANHA RECONSTRUÍDA APÓS INCÊNDIO EM 2015Hazrat Mirza Masroor Ahmad

“Sinto apenas dor e angústia ao ver o mundo a avançar cada vez mais rápido para uma terrível guerra mundial”

“À medida que continuam a apoiar a Ucrânia enquanto ela se defende, as potências mundiais também devem envidar todos os esforços para acabar com a guerra por meio de negociações de paz e negociações de boa fé.”

“Quaisquer que sejam os erros cometidos pelo Estado Russo, devemos ter em mente o quadro mais amplo de que, se a guerra não terminar, isso levará a uma crise global cada vez mais profunda”

“Que incentivo a Rússia e os seus líderes terão para cessar as hostilidades se souberem que a sua retirada os levará à ruína certa?”

No dia 4 de março de 2023, o Chefe Supremo, o Quinto Califa da Comunidade Islâmica Ahmadia Internacional, Sua Santidade, Hadrat Mirza Masroor Ahmad, proferiu o discurso principal no 17º Simpósio Nacional da Paz, organizado pela Comunidade Islâmica Ahmadia do Reino Unido.

O evento também serviu como inauguração do novo edifício de cinco andares da Mesquita Baitul Futuh, que foi reconstruído após um incêndio em 2015.

Antes dos procedimentos formais do Simpósio da Paz, Sua Santidade descerrou a placa e liderou os participantes em oração silenciosa para marcar a inauguração do novo complexo que inclui dois salões multiuso, escritórios e alojamento para os hóspedes.

O evento contou com uma audiência superior a 1500 pessoas, incluindo 500 dignitários e convidados, oriundos de 40 países, incluindo Ministros, Embaixadores de Estados e vários Membros do Parlamento.

Durante o evento, Sua Santidade conferiu à Barbara Caroline Hofmann, fundadora da instituição de caridade ASEM, Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz de 2019, em reconhecimento pelo seu trabalho de caridade para cuidar de crianças órfãs da guerra.

Sua Santidade também conferiu ao Dr. Tadatoshi Akiba, Ex-Presidente de Câmara de Hiroshima, Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz de 2022, em reconhecimento pelos seus esforços na campanha pelo desarmamento nuclear.

No seu discurso, Sua Santidade alertou sobre a perigosa trajetória da guerra na Ucrânia e exortou os líderes mundiais a “esforçarem-se para chegar a um acordo mutuamente aceitável” e a fazerem esforços urgentes para encontrar a paz, para que o “ciclo de violência incessante” não gire com “fúria cada vez maior”.

Sua Santidade disse que uma Terceira Guerra Mundial está perigosamente próxima e apresentou versículos do Sagrado Alcorão para delinear soluções que são extremamente necessárias para encontrar uma saída.

Durante o seu discurso, Sua Santidade também destacou o verdadeiro propósito da construção de Mesquitas e chamou a atenção para o vínculo que cada Mesquita deve ter com a Caaba Sagrada em Meca.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Os muçulmanos são ordenados a construir as suas mesquitas em direção à Caaba, a Casa Sagrada em Meca, e a fazer oração na sua direção. No entanto, não basta simplesmente virar a direção física para a Caaba. Em vez disso, os muçulmanos e as suas mesquitas devem cumprir os objetivos da Caaba, descritos no versículo 98 do capítulo 3 do Sagrado Alcorão, onde afirma que quem entra na Casa Sagrada de Allah ‘entra em paz’. Este versículo do Alcorão significa que um verdadeiro muçulmano, ao entrar numa mesquita, deve entrar num estado de paz e deve ser um farol de paz e segurança para os outros cumprindo os direitos e mandamentos de Deus.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse ainda:

“Todas as nossas mesquitas refletem espiritualmente a Caaba Sagrada, servem não apenas como um local de adoração ao Deus Todo-Poderoso, mas também são um meio de cumprir os direitos da humanidade e estabelecer a paz no mundo.”

Sua Santidade afirmou que, por muitos anos, a Comunidade Islâmica Ahmadia tem organizado eventos como o Simpósio da Paz nos seus esforços para estabelecer a paz.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Embora tenhamos pregado essa mensagem por muito tempo, ela parece ter caído em saco roto. Acho que a razão fundamental é que a grande maioria do mundo se afastou de Deus Todo-Poderoso e vê ganhos materialistas e buscas mundanas como o seu objetivo final. Foi devido a tais atividades vãs e gananciosas que a humanidade foi arrastada para duas guerras mundiais desastrosas e perturbadoras durante o século 20. Em vez de aprender com os horrores do passado, o mundo mergulhou novamente em guerras e conflitos.”

Sua Santidade disse que os ensinamentos islâmicos fornecem soluções para estabelecer a paz.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“O Sagrado Alcorão orientou que todas as oportunidades possíveis para alcançar a paz devem ser perseguidas, não importa quão pequenas sejam as probabilidades de sucesso. No versículo 10 do capítulo 49, Deus Todo-Poderoso, afirma que quando duas nações estão em guerra, os terceiros devem tentar reconciliá-los e levá-los a um acordo pacífico. Se o agressor continuar em guerra, cabe às outras nações unir as forças e usar a força proporcional e legítima para deter o opressor. No entanto, uma vez que as suas atrocidades cessarem, nenhuma retaliação injusta ou vingança é permitida.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse ainda:

“O versículo 9 do capítulo 5 do Sagrado Alcorão afirma categoricamente que a inimizade de qualquer nação ou partido não vos impeça de defender os verdadeiros padrões de justiça e equidade. Portanto, as sanções punitivas ou outras medidas injustas que impeçam qualquer país de avançar no pós-guerra e limitem a sua liberdade e prosperidade devem ser evitadas a todo o custo.”

Voltando-se a atual guerra na Ucrânia, Sua Santidade mostrou quão pertinentes são esses princípios islâmicos.

O califa da Comunidade Islâmica Ahmadia disse que, embora a guerra na Ucrânia não mostre sinais de diminuição, alguns líderes políticos estão a declarar que “após o fim da guerra, a Rússia deve ser sujeita a sanções e deve ser obrigada a pagar por suas ações.”

Destacando os perigos de tais declarações, Hazrat Mirza Masroor Ahmad elogiou um artigo na imprensa britânica e disse:

“Recentemente, um artigo do jornalista Matthew Parris foi publicado no The Times, afirmando que tais declarações, antes de quaisquer negociações de paz significativas, eram imprudentes e serviriam apenas para inflamar ainda mais uma situação volátil… Acho que ele está certo em apresentar este aviso. Que incentivo terão a Rússia e os seus líderes para cessar as hostilidades se souberem que a sua retirada os levará à ruína certa?

Falando sobre as declarações de alguns políticos belicosos que são atribuídas aos ensinamentos Islâmicos, Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Acho que é importante manter os canais de comunicação abertos e tentar encontrar os termos de acordo mutuamente aceitáveis. No entanto, se o agressor persistir em causar estragos e destruição e recusar-se a recuar, o Islão ensina que outras nações devem unir-se e usar força proporcional e necessária para acabar com as crueldades.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad continuou e disse:

“O objetivo das partes intervenientes deve ser sempre a paz em vez de vingança ou humilhação do agressor. A intenção subjacente nunca deve ser encher os próprios bolsos ou explorar o conflito para promover interesses escusos. Caso contrário, aqueles que foram humilhados, sem dúvida, vão guardar um sentimento de injustiça e ressentimento. Tais frustrações estão fadadas a transbordar e levarão a mais conflitos e, assim, o ciclo de violência incessante continuará a girar com fúria cada vez maior”.

Sua Santidade alertou sobre como a guerra na Ucrânia poderia desencadear mais conflitos e guerras.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“A verdade é que muitas vezes a guerra gera guerra. Existem preocupações genuínas de que o conflito na Ucrânia possa escalar ou encorajar outras nações a abandonar os esforços diplomáticos e recorrer à força para resolver os seus conflitos. Por exemplo, a situação em Taiwan está a tornar-se cada vez mais precária à medida que a China tenta impor o seu controlo. Portanto, os líderes mundiais, os meios de comunicação social e outros não devem cair na armadilha de pensar que a guerra na Ucrânia pode ser facilmente controlada.”

Sua Santidade disse que os líderes mundiais e os meios de comunicação social não devem “cair na armadilha de pensar que a guerra na Ucrânia pode ser facilmente controlada” e deu o exemplo do conflito em Taiwan para alertar que a guerra pode espalhar-se ainda mais se outras nações abandonarem os esforços diplomáticos e recorrer à força.

Sua Santidade forneceu soluções práticas para acabar com o ciclo de guerra à luz dos ensinamentos islâmicos.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad declarou:

“O mundo conhece bem como apoiar as vítimas e os que sofrem injustiças, como é o caso da nação ucraniana neste momento. No entanto, podem ficar surpreendidos ao ouvir que o Islão ensina os muçulmanos a ajudar não apenas a vítima ou o oprimido, mas também o perpetrador e o opressor. E é claro que isso não significa que forneçam ao agressor os meios ou liberdade para infligir mais crueldades. Em vez disso, “ajudar” um agressor significa impedi-lo de cometer mais brutalidades e injustiças.

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Quaisquer que sejam os erros cometidos pelo Estado Russo, devemos ter em mente o quadro mais amplo de que, se a guerra não terminar, isso levará a uma crise global cada vez mais profunda com consequências potencialmente catastróficas. Os blocos opostos ficarão ainda mais entrincheirados. Os ódios tornar-se-ão ainda mais enraizados, aumentando a probabilidade de uma guerra mundial. Portanto, à medida que continuam a apoiar a Ucrânia enquanto ela se defende, as potências mundiais também devem envidar todos os esforços para acabar com a guerra por meio de negociações de paz e negociações de boa fé.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad expressou a sua tristeza ao ver o que o futuro reserva e disse:

“Por muitos anos, tenho alertado sobre os riscos de uma guerra mundial em grande escala e tenho falado sobre como as suas consequências mortais e destrutivas estão muito além de nossa compreensão. Tendo advertido por muito tempo sobre tal guerra, não fico satisfeito com o facto de que estamos a aproximar-nos cada vez mais dela e que outros estão a expressar agora os sentimentos e medos semelhantes. Em vez disso, sinto apenas tristeza e angústia ao ver o mundo a mover-se cada vez mais rápido em direção a uma terrível guerra mundial na qual as vidas de milhões de pessoas inocentes serão perdidas ou permanentemente destruídas.”

Hazrat Mirza Masroor Ahmad disse:

“Que tipo de futuro deixaremos para aqueles que ainda estão por vir? Em vez de deixar um legado de paz e prosperidade para as nossas gerações futuras, o nosso presente de despedida para elas não será nada além de morte, destruição e miséria. Certamente, é o meu grande medo que as atuais tensões geopolíticas saiam de todo o controlo e, por fim, levem a uma guerra nuclear … Portanto, oro do fundo do meu coração para que Allah Todo-Poderoso tenha misericórdia da humanidade e que as pessoas do mundo, nomeadamente os seus líderes e formuladores de políticas, entendam antes que seja tarde demais.”

Antes do discurso principal, ao aceitar o Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz de 2019, Barbara Caroline Hofmann, fundadora da ASEM, disse:

“Estou muito feliz em compartilhar este prémio, esta honra que me deram esta noite com todo o meu pessoal, porque não fiz isso sozinha, fizemos juntos.”

O vencedor do Prémio da Comunidade Islâmica Ahmadia para a Promoção da Paz de 2022, Dr. Tadatoshi Akiba disse:

“Vocês [a Comunidade Islâmica Ahmadia] eram um dos primeiros no mundo a reconhecer e protestar contra as armas nucleares a 10 de agosto de 1945. O Segundo Califa declarou naquele dia que, ‘É o nosso dever religioso e moral anunciar ao mundo inteiro que não consideramos lícito tal derramamento de sangue.’ Tardiamente, o mundo finalmente chegou à mesma conclusão… As palavras de Vossa Santidade nos orientam.”

O evento, que voltou após um intervalo de 4 anos devido à pandemia de Covid-19, foi concluído com uma oração silenciosa conduzida por Sua Santidade.

Antes dos procedimentos formais, Sua Santidade reuniu-se pessoalmente com vários dignitários e convidados, enquanto no dia seguinte, Sua Santidade reuniu-se com várias delegações internacionais no seu gabinete em Islamabad, em Tilford, Surrey.

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Declaração do Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia sobre a Crise Rússia-Ucrânia https://www.alislam.pt/declaracao-do-chefe-mundial-da-comunidade-islamica-ahmadia-sobre-a-crise-russia-ucrania/ Sat, 26 Feb 2022 18:41:17 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1876 Londres, 24 de fevereiro de 2022 COMUNICADO DE IMPRENSA Declaração do Chefe Mundial da Comunidade Islâmica Ahmadia sobre a Crise Rússia-Ucrânia Em relação à crise Rússia-Ucrânia, o Chefe Supremo da]]>

Londres, 24 de fevereiro de 2022

COMUNICADO DE IMPRENSA

Declaração do Chefe Mundial da Comunidade Islâmica Ahmadia sobre a Crise Rússia-Ucrânia

Em relação à crise Rússia-Ucrânia, o Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia, o Quinto Califa, Sua Santidade, Hazrat Mirza Masroor Ahmad, disse:

“Durante muitos anos, alertei as grandes potências do mundo que devem aprender as lições da história, nomeadamente em relação às duas guerras mundiais catastróficas e devastadoras do século XX. A esse respeito, no passado, dirigi diversas cartas aos líderes de várias nações, exortando-os a deixarem de lado os seus interesses nacionais e pessoais, a fim de dar a prioridade à paz e a segurança do mundo, adotando a verdadeira justiça em todos os níveis da sociedade. Infelizmente, a guerra na Ucrânia já começou e, portanto, a situação se tornou extremamente grave e precária. Além disso, esta tem potencial para aumentar ainda mais dependendo dos próximos passos do governo Russo e da resposta da NATO e das grandes potências. Sem dúvida, as consequências de qualquer escalada serão horríveis e destrutivas ao extremo. E, portanto, é hora de envidar todos os esforços possíveis para evitar mais guerra e violência. Ainda há tempo para que o mundo recue da beira do desastre e, por isso, pelo bem da humanidade, exorto a Rússia, NATO e todas as grandes potências a concentrarem todos os seus esforços para reduzir a escalada do conflito e a trabalharem para encontrar uma solução pacífica por meios diplomáticos.

Enquanto Chefe da Comunidade Islâmica Ahmadia, só posso chamar a atenção dos líderes políticos do mundo para darem prioridade à paz do mundo e deixarem de lado os seus interesses nacionais e inimizades para o bem de toda a humanidade. Dessa forma, a minha mais sincera oração é que os líderes do mundo ajam com bom senso e sabedoria e se esforcem para melhorar a situação da humanidade.

Oro para que os líderes mundiais se esforcem fervorosamente para salvaguardar e proteger a humanidade, tanto hoje quanto no futuro, do tormento da guerra, derramamento de sangue e atos de destruição. Portanto, oro do fundo do meu coração para que os líderes das grandes potências e os seus governos não tomem medidas que destruam o futuro dos nossos filhos e das próximas gerações. Em vez disso, todos os seus esforços e motivações devem ser para garantir que legamos àqueles que nos seguem um mundo de paz e prosperidade.

Oro para que os líderes mundiais compreendam a situação crítica de hoje e valorizem, acima de tudo, a sua obrigação de garantir a paz e a estabilidade do mundo. Que Allah Todo-Poderoso, proteja todas as pessoas inocentes e indefesas e que a paz verdadeira e duradoura no mundo prevaleça. Amém.”

Mirza Masroor Ahmad

Khalifatul Masih V

Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia

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Assassinato a sangue-frio de um médico assistente da Comunidade Ahmadia em Peshawar, Paquistão https://www.alislam.pt/assassinato-a-sangue-frio-de-um-medico-assistente-da-comunidade-ahmadia-em-peshawar-paquistao/ Fri, 12 Feb 2021 12:00:28 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1853 É com muito pesar e grande tristeza que informamos sobre a horrível notícia do assassinato de um assistente médico Abdul Qadir que trabalhava na Clínica do Dr. Bin Yameen na área de Bazid Khel de Peshawar, no Paquistão.]]>

Lisboa, 12 de fevereiro de 2021

COMUNICADO DE IMPRENSA

ASSASSINATO A SANGUE-FRIO DE UM MÉDICO ASSISTENTE DA COMUNIDADE AHMADIA EM PESHAWAR, PAQUISTÃO

É com muito pesar e grande tristeza que informamos sobre a horrível notícia do assassinato de um assistente médico Abdul Qadir que trabalhava na Clínica do Dr. Bin Yameen na área de Bazid Khel de Peshawar, no Paquistão.

Na quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021, por volta das 14:00 quando a equipa da clínica foi almoçar e realizar as orações da tarde durante o intervalo, alguém tocou a campainha da clínica, ao que Abdul Qadir abriu a porta por atendimento, onde foi instantaneamente baleado duas vezes e caiu no chão. Ele foi levado ao hospital, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer.

Abdul Qadir era um membro sénior da equipa clínica. Ele tinha 65 anos, era muito respeitado na comunidade local, era sempre muito gentil, simpático e prestativo com os pacientes.

Temos informado regularmente os advogados sensatos e defensores dos direitos humanos sobre a monstruosa onda de perseguição, tortura, assédio e assassinatos dos Ahmadis por causa da sua fé e crença, que está a decorrer no Paquistão.

O governo, o seu sistema judiciário e as autoridades policiais não estão a tomar conhecimento das atrocidades cometidas contra a Comunidade Islâmica Ahmadia no Paquistão e o clero venenoso tem liberdade de continuar com os seus atos de carnificina contra os Ahmadis.

Ficarão chocados ao saber que nos últimos meses, este é o oitavo assassinato de um Ahmadi e o quinto em Peshawar, que é capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, governada pelo PTI (Movimento Paquistanês pela Justiça), o partido em poder. Além disso, há inúmeros falsos processos judiciais contra os Ahmadis em vários tribunais e também há ameaças de morte e atos de violência em todo o país.

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Ataque fatal contra os adoradores da Comunidade Ahmadia provoca uma morte e três feridos em Nankana Sahib, Paquistão https://www.alislam.pt/ataque-fatal-contra-os-adoradores-da-comunidade-ahmadia-provoca-uma-morte-e-tres-feridos-em-nankana-sahib-paquistao/ Tue, 01 Dec 2020 12:10:43 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1848 Um ataque violento em plena luz do dia em Murh Balochan, no distrito de Nankana Sahib Punjab, deixou um Ahmadi Tahir Ahmed de 31 anos morto e três outros feridos. ]]>

Lisboa, 21 de novembro de 2020

COMUNICADO DE IMPRENSA

ATAQUE FATAL CONTRA OS ADORADORES DA COMUNIDADE AHMADIA EM PLENA LUZ DO DIA PROVOCA UMA MORTE E TRÊS FERIDOS EM NANKANA SAHIB, PUNJAB

Membros da família da Comunidade Ahmadia reuniram-se para realizar as orações de sexta-feira na sua casa em Murh Balochan, no distrito de Nankana Sahib, quando o ataque aconteceu.

Dr. Tahir Ahmed, de 31 anos, foi morto a tiros enquanto o seu pai, Tariq Ahmed, está gravemente ferido e atualmente luta por sua vida.

Os Ahmadis no Paquistão são alvo de uma campanha de ódio organizada que instiga abertamente a violência e a morte.

O estado, como de costume, fechou os olhos para a situação dos membros da Comunidade Ahmadia que vivem no Paquistão: Porta-voz da Comunidade Islâmica Ahmadia.

Este é o quinto Ahmadi a ser morto por causa da sua fé apenas este ano e o quarto Ahmadi em apenas 4 meses.

Um ataque violento em plena luz do dia em Murh Balochan, no distrito de Nankana Sahib Punjab, deixou um Ahmadi Tahir Ahmed de 31 anos morto e três outros feridos. O ataque aconteceu quando membros de uma família se reuniram para realizar a oração de sexta-feira em sua própria casa. Quando concluíram a oração e estavam a sair, um adolescente abriu fogo contra eles. O Dr. Tahir Ahmed e seu pai Tariq Ahmed e dois de seus parentes atingiram balas. Tariq Ahmed está em estado crítico, enquanto os outros dois feridos estão fora de perigo. O Sr. Tariq Ahmed tem 55 anos; ele está a receber um tratamento para salvar a sua vida.

O porta-voz da Comunidade Islâmica Ahmadia, Sr. Saleem-ud-Din, apresentou as suas condolências pela morte do Sr. Tahir Ahmed. Ele pediu aos Ahmadis que se lembrassem do Sr. Tariq nas suas orações, pois ele está em estado crítico, e orassem pelos outros dois feridos e pelo resto da família, que estão extremamente traumatizados.

O Sr. Saleem-ud-Din também destacou o facto de que tem havido uma onda de campanhas de ódio anti-Ahmadia e instigação à violência nessas áreas. Em alguns eventos, os palestrantes incitaram abertamente os participantes a matar os Ahmadis. Nos últimos meses, os membros da Comunidade Ahmadia estão cada vez mais a ser alvejados ​​por causa da sua fé. Ao mesmo tempo, o governo fechou os olhos para essas atividades. Este é o quarto Ahmadi a ser morto por causa da sua fé em apenas 4 meses. Existem muitos outros incidentes de violência em que os Ahmadis foram feridos ou enfrentaram graves perdas de propriedade.

É já tempo de o Governo do Paquistão assumir o controlo dos instigadores do ódio que operam com impunidade. Ao mesmo tempo, o governo deve aplicar as suas próprias leis sobre campanhas de ódio nas redes sociais, que são amplamente utilizadas para esse fim. A segurança de todos os cidadãos do Paquistão é a responsabilidade do governo, e os Ahmadis são cidadãos deste país que cumprem a lei e devem ter os mesmos direitos e proteção que qualquer outro cidadão do Paquistão.

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Mais um membro da Comunidade Ahmadia foi assassinado brutalmente no Paquistão por causa da sua fé https://www.alislam.pt/mais-um-membro-da-comunidade-ahmadia-foi-assassinado-brutalmente-no-paquistao-por-causa-da-sua-fe/ Tue, 01 Dec 2020 11:52:58 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1844 O Sr. Mahboob Khan de 82 anos, membro da Comunidade Ahmadia, foi morto em Peshawar por causa da sua fé. Ele era um funcionário aposentado do serviço público da saúde.]]>

Lisboa, 8 de novembro de 2020

COMUNICADO DE IMPRENSA

Mais Um Membro Da Comunidade Ahmadia Foi Assassinado Brutalmente No Paquistão Por Causa Da Sua Fé.

Um Ahmadi inocente, Sr. Mahboob Khan assassinado brutalmente em Peshawar por causa da sua fé.

Este assassinato é resultado direto de uma campanha de ódio em curso contra a Comunidade Islâmica Ahmadia, a qual permanece vulnerável a tais ataques.

Um após o outro, os Ahmadis estão a ser alvejados em Peshawar, enquanto o governo falha repetidamente em proteger e impedir a violência contra os membros da Comunidade Ahmadia.

As instituições do estado precisam de tomar medidas efetivas para a proteção dos Ahmadis: Porta-voz da Comunidade Islâmica Ahmadia.

O Sr. Mahboob Khan de 82 anos, membro da Comunidade Ahmadia, foi morto em Peshawar por causa da sua fé. Ele era um funcionário aposentado do serviço público da saúde. No dia 8 de novembro de 2020, ele estava a regressar à sua casa depois de visitar a filha quando assaltantes desconhecidos abriram fogo contra ele enquanto esperava pelo autocarro na paragem. Ele foi baleado à queima-roupa na cabeça e acabou por morrer no local. Ele deixou para trás uma viúva de 70 anos, 2 filhos e 2 filhas.

Sendo membro da Comunidade Ahmadia, o Sr. Mahboob Khan estava a enfrentar perseguição e a receber ameaças por causa da sua fé. É o 4º incidente dessa natureza em Peshawar contra os membros da Comunidade Ahmadia nos últimos 4 meses. O porta-voz da comunidade Ahmadia, Sr. Saleem-ud-Din, condenou veementemente este incidente e exigiu que o governo tomasse medidas decisivas contra esses atos hediondos de violência que são um resultado direto do ódio religioso em curso. Ele disse ainda que, no Paquistão, os membros da Comunidade estão a ser alvejados devido à sua fé há anos. Como resultado desse ódio e ataques direcionados, o sentimento de insegurança e medo está a aumentar a um ritmo alarmante. Tais incidentes levam à conclusão de que o governo e as forças policiais menos se preocupam com as vidas e propriedades dos Ahmadis. Ele disse ainda que há um aumento significativo na campanha de ódio contra os Ahmadis. O Governo do Paquistão fechou os olhos para a situação dos membros da Comunidade Ahmadia e não está a agir contra aqueles que estão por trás dessa campanha de ódio.

O Porta-voz da Comunidade Ahmadia exigiu que o governo assegurasse que no futuro tais campanhas de ódio contra os Ahmadis sejam tratadas e que sejam tomadas medidas práticas contra os autores. Esperamos que o governo não abandone os amantes da paz, patriotas, inocentes e respeitadores da lei à mercê desses terroristas.

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O Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia aprecia as observações do primeiro-ministro do Canadá sobre a liberdade de expressão https://www.alislam.pt/o-chefe-supremo-da-comunidade-islamica-ahmadia-aprecia-as-observacoes-do-primeiro-ministro-do-canada-sobre-a-liberdade-de-expressao/ Sun, 01 Nov 2020 23:47:38 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1823 Carregar Arquivo PDF LISBOA, 1 DE NOVEMBRO DE 2020  – COMUNICADO DE IMPRENSA O CHEFE SUPREMO DA COMUNIDADE ISLÂMICA AHMADIA APRECIA AS OBSERVAÇÕES DO PRIMEIRO-MINISTRO DO CANADÁ SOBRE A LIBERDADE]]>

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LISBOA, 1 DE NOVEMBRO DE 2020  – COMUNICADO DE IMPRENSA

O CHEFE SUPREMO DA COMUNIDADE ISLÂMICA AHMADIA APRECIA AS OBSERVAÇÕES DO PRIMEIRO-MINISTRO DO CANADÁ SOBRE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A Comunidade Islâmica Ahmadia aplaude e aprecia as observações recentes feitas pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, sobre a importância de utilizar o direito de liberdade de expressão com responsabilidade.

Conforme noticiado pelos meios de comunicação social, ao ser recentemente perguntado se a liberdade de expressão deveria ser permitida para zombar ou ridicularizar religiões ou líderes religiosos, o Sr. Trudeau respondeu:

“Sempre defenderemos a liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão tem limites. Temos que agir com respeito pelos outros e tentar não prejudicar arbitrariamente ou inutilmente aqueles com quem compartilhamos uma sociedade e um planeta. Não se tem o direito, por exemplo, de gritar ‘fogo’ num cinema cheio de gente, sempre há limites. Numa sociedade pluralista, diversificada e respeitosa como a nossa, devemos ter consciência do impacto das nossas palavras, dos nossos gestos para com os outros, especialmente para com as comunidades e populações que ainda sofrem muita discriminação.” [I]

A Comunidade Islâmica Ahmadia elogia o primeiro-ministro Trudeau por ter a coragem de se posicionar em defesa daqueles que continuam a considerar a religião como sagrada.

Em resposta às observações do Sr. Trudeau, o Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia, Sua Santidade, Hadrat Mirza Masroor Ahmad afirma:

“Aprecio muito as observações do primeiro-ministro canadense sobre a necessidade de ter certos limites à liberdade de expressão. Creio que este é o caminho certo de promover a paz e a harmonia na sociedade. Certamente, sempre mantive a minha crença, com base na minha fé, de que é errado provocar e ofender desnecessariamente os sentimentos religiosos de qualquer pessoa, seja ele cristão, judeu, hindu, muçulmano ou adepto de qualquer outra religião.”

Hadrat Mirza Masroor Ahmad afirma ainda:

“Já disse muitas vezes que, quando os sentimentos religiosos de milhões de Muçulmanos são gravemente feridos, isso naturalmente criará o ressentimento dentro da comunidade Muçulmana. Lamentavelmente, a história recente mostra que sempre haverá uma pequena minoria dos supostos Muçulmanos, que violam cruelmente os ensinamentos Islâmicos e reagem de uma forma extremista, como vimos recentemente em França. Por sua vez, isso encoraja aqueles que tentam defender a liberdade de expressão a todo o custo e, portanto, esse ciclo vicioso de animosidade continua a girar e a cisão entre os Muçulmanos e o resto da sociedade aprofunda-se. Portanto, precisamos de líderes que não apenas condenem a reação violenta, mas também reconheçam que o exercício de nossas liberdades e direitos não deve ser usado para provocar ou afligir outras pessoas inutilmente. A este respeito, expresso a minha sincera gratidão ao Sr. Trudeau e oro para que outros líderes mundiais também reconheçam a importância primordial de construir uma sociedade coesa na qual os sentimentos das pessoas de todas as religiões sejam protegidos.”

(Observação: A fotografia neste comunicado de imprensa foi tirada em 2016.)

[i]https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/primeiro-ministro-canadense-diz-que-liberdade-de-express-c3-a3o-tem-limites/ar-BB1ayAGA

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Declaração do Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia à luz dos recentes acontecimentos em França https://www.alislam.pt/declaracao-do-chefe-supremo-da-comunidade-islamica-ahmadia-a-luz-dos-recentes-acontecimentos-em-franca/ Thu, 29 Oct 2020 23:30:33 +0000 https://www.alislam.pt/?p=1815 Carregar Arquivo PDF

LISBOA, 29 DE OUTUBRO DE 2020  – COMUNICADO DE IMPRENSA

Declaração do Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia à luz dos recentes acontecimentos em França

Após o ataque à catedral de Nice e na sequência do assassinato de Samuel Paty a 16 de outubro, o Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia, Sua Santidade, Hadrat Mirza Masroor Ahmad condenou todas as formas de terrorismo e extremismo e apelou à compreensão mútua e ao diálogo entre todos os povos e nações.

Sua Santidade, Hadrat Mirza Masroor Ahmad afirma:

“O assassinato e a decapitação de Samuel Paty e o ataque à catedral de Nice devem ser condenados nos termos mais fortes possíveis. Tais ataques dolorosos são completamente contra os ensinamentos Islâmicos. A nossa religião não permite terrorismo ou extremismo em nenhuma circunstância e qualquer pessoa que afirme o contrário age contra os ensinamentos do Sagrado Alcorão e contra o caráter nobre do Sagrado Profeta do Islão (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele).

 Enquanto Chefe Supremo da Comunidade Islâmica Ahmadia, apresento as nossas mais profundas condolências às famílias que perderam os seus entes queridos e ao povo francês. É preciso que fique claro que a nossa condenação e ódio por tais ataques não é algo novo, mas sempre foi a nossa posição e postura. O Fundador da Comunidade Islâmica Ahmadia (que a paz esteja com ele) e os seus sucessores sempre rejeitaram categoricamente todas as formas de violência ou derramamento de sangue em nome da religião.

 As consequências desse ato hediondo exacerbaram ainda mais as tensões entre o mundo Islâmico e o Ocidente e entre os Muçulmanos que vivem em França e o resto da sociedade. Consideramos que esta é uma fonte de profundo pesar e um meio de minar ainda mais a paz e a estabilidade do mundo. Temos de unir esforços para erradicar todas as formas de extremismo e encorajar a compreensão e a tolerância mútuas. Do nosso ponto de vista, a Comunidade Islâmica Ahmadia não poupará esforços para promover uma melhor compreensão dos ensinamentos verdadeiros e pacíficos do Islão no mundo.”

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