51ª Convenção Anual da Comunidade Ahmadia do Reino Unido concluiu-se
MAIS DE 600.000 PESSOAS JUNTAM-SE À COMUNIDADE ISLÂMICA AHMADIA
51ª JALSA SALANA (CONVENÇÃO ANUAL) DO REINO UNIDO CONCLUIU-SE POR HADRAT MIRZA MASROOR AHMAD
A 51ª Jalsa Salana (Convenção Anual) da Comunidade Islâmica Ahmadia do Reino Unido concluiu-se no domingo 30 de julho de 2017 com discurso vigoroso e inspirador do Chefe Supremo e Quinto Califa da Comunidade Islâmica Ahmadia, Sua Santidade Hadrat Mirza Masroor Ahmad.
Mais de 37 mil pessoas participaram na Jalsa Salana, que teve lugar na Hadeeqatul Mahdi em Alton, Hampshire.
Além dos milhares de Muçulmanos da Comunidade Ahmadia que participaram, também estiveram presentes na convenção muitos não-Ahmadianos e não-muçulmanos convidados. O evento inteiro foi transmitido ao vivo pelo canal MTA Internacional e transmitido ao vivo pela internet.
O destaque da Convenção Anual de três dias foi o juramento de fidelidade, conhecido como Bai’at, que teve lugar no domingo à tarde, onde os participantes prometeram fidelidade ao Hadrat Mirza Masroor Ahmad como o Quinto Califa do Messias Prometido (que a paz esteja com ele). Os participantes formaram uma corrente humana até ao Califa enquanto repetiam as palavras da promessa em uníssono.
Antes da cerimónia, Sua Santidade anunciou que mais de 600 mil pessoas se juntaram à Comunidade Islâmica Ahmadia durante o ano passado de todo o mundo. Ele anunciou ainda que a comunidade Islâmica Ahmadia já estava estabelecida em 210 países.
Durante o seu discurso final, Sua Santidade falou sobre as consequências da publicidade negativa que o Islão recebeu em grande parte do mundo e como a Comunidade Islâmica Ahmadia procurou contrariar a falsa narrativa que está a ser perpetuada.
Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse: a resposta é invariavelmente surpreendente
“Quando nós, os Muçulmanos da Comunidade Ahmadia ao redor do mundo defendemos e falamos sobre a verdadeira mensagem islâmica de paz, a resposta é invariavelmente surpreendente. As pessoas ficam chocadas ao ver o que o Islão realmente representa, tendo conhecido apenas o que tinham sido fornecidas pela comunicação social. Infelizmente, a maioria dos meios de comunicação concentra-se apenas nos atos de uma pequena minoria de extremistas e perpetuou o mito de que o Islão, (Deus nos livre!), é uma religião de violência de tal forma que aqueles que vivem em aldeias remotas na África e mesmo aqueles que vivem em países desenvolvidos como América, expressam pontos de vista negativos semelhantes sobre o Islão.”
Hadrat Mirza Masroor Ahmad continuou:
“A realidade é, e sempre será, que os ensinamentos islâmicos são os verdadeiros garantes da paz no mundo. A palavra ‘Islam’ significa literalmente paz e segurança e, assim, os muçulmanos são ensinados a manifestar a paz a todos os povos de todos os setores da vida. O Islão denuncia todas as formas de discriminação baseada em credo, casta ou cor e afirma que todas as pessoas, não importa de onde venham, nascem iguais. De facto, o Sagrado Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) proclamou categoricamente que nenhum Árabe tem superioridade sobre um não-Árabe e nem há diferença entre as pessoas de qualquer raça ou etnia diferente.”
Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse ainda:
“De acordo com o Islão, Deus enviou profetas a todas as nações e os muçulmanos acreditam em todos os profetas de Deus. Este ponto único ilustra que nenhuma fé pode rivalizar com o compromisso islâmico pela liberdade religiosa e a tolerância. Lamentavelmente, as pessoas de outras religiões podem falar contra o Sagrado Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele), no entanto, um muçulmano é e sempre será obrigado a respeitar e acreditar nos fundadores e profetas de todas as outras religiões e nunca falar contra eles. Enquanto outras pessoas utilizam termos vis contra o Sagrado Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele), os muçulmanos, ao mesmo tempo, enviam saudações de paz aos profetas e fundadores de outras religiões. Este é o verdadeiro Islão.”
Para explicar melhor os ensinamentos islâmicos em relação à tolerância religiosa, Sua Santidade citou versículo 109 do capítulo 6 do Sagrado Al-Corão, que afirma:
“E não ultrajai aqueles a quem eles chamam além de Allah, para que eles, por despeito, não ultrajem a Allah na sua ignorância. Assim a toda a gente nós fizemos com que o que fazem pareça justo. Depois para o seu Senhor é o seu regresso; e Ele os informará do que eles costumavam fazer.”
Refutando aqueles que procuraram justificar os seus odiosos atos terroristas em nome do Islão, Sua Santidade declarou que o Sagrado Al-Corão afirmou categoricamente que não deve haver compulsão na religião. Ele disse que Deus Todo-Poderoso proibiu o Sagrado Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) de usar qualquer força ou compulsão a fim de espalhar o Islão e, deste modo, como poderia ser possível algum muçulmano ter a licença que não tinha sido concedida ao próprio Profeta do Islão (que a paz esteja com ele).
Durante o seu discurso, Sua Santidade condenou o comércio de armas e disse que as potências ocidentais estão a alimentar as guerras no mundo muçulmano vendendo armas a certos países muçulmanos ou fornecendo-as a certos grupos rebeldes.
Sua Santidade disse que os países muçulmanos não têm a capacidade de produzir as armas sofisticadas que estão a arruinar os seus países e estão a ser importadas do exterior. Tais armas estão a acabar nas mãos de terroristas e extremistas e estão a causar destruição e devastação.
Sua Santidade também deu uma resposta abrangente aos que questionaram porque é que os primeiros muçulmanos se envolveram em guerras. Sua Santidade deixou claro que todas as guerras feitas durante o período do Sagrado Profeta (que a paz esteja com ele) e durante o período dos seus quatro sucessores (califas bem guiados) foram guerras defensivas feitas para defender o princípio da liberdade religiosa universal.
Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:
“Nunca pode ser dito com qualquer justificação de que o Islão é uma religião que destrói a paz do mundo ou que deseja destruir lugares de culto de outras religiões. Aqueles que se envolvem em tais atividades hediondas – por exemplo, destruir as igrejas ou locais religiosos famosos e históricos – estão a praticar inteiramente contra os ensinamentos islâmicos. Fique claro que Deus Todo-Poderoso, não os recompensará com um lugar no céu, ao contrário irá reservar um lugar no inferno para aqueles que se envolvem em tais atividades criminosas.”
Ao concluir o seu discurso, Sua Santidade disse que só o Islão forneceu soluções para os problemas do mundo.
Hadrat Mirza Masroor Ahmad disse:
“O mundo esgotou todos os meios mundiais e esquemas para estabelecer a paz, mas infelizmente esses esforços desesperadamente falharam. Em vez disso, vemos como a desordem, o ódio e o conflito continuaram a arder e escalar. A verdade é que, até o mundo adotar verdadeiros princípios islâmicos de amor e justiça em todos os níveis da sociedade, eles não poderão alcançar a paz. Os meios para a paz são reconhecer o Criador e servir a humanidade.”
A Convenção Anual concluiu com a oração silenciosa liderada por Sua Santidade.
Durante a convenção de 3 dias, Sua Santidade proferiu cinco discursos e vários outros estudiosos deram discursos expondo os verdadeiros ensinamentos do Islão.